sexta-feira, 30 de julho de 2010

COLUNA DE AREIA


COLUNAS DE AREIA-"A História de Sansão”: Romance bíblico, baseado no livro de Juízes, conta a vida de um dos juízes mais polêmicos do Velho Testamento. Sansão. Seus feitos grandiosos muitas vezes eram apagados pelos exemplos negativos que ele deixava para o povo. Porém, a abordagem da vida deste homem, contado entre os “Heróis da Fé” é feita de maneira muito mais profunda e existencial do que conhecemos rasamente através da Bíblia Sagrada, intercalada com as brutais batalhas contra os filisteus. Como teria sido sua infância? A descoberta de sua força e do mundo a sua volta? Seus sentimentos mais íntimos? Sua fraqueza maior? Como ser fiel a um Deus que se mantinha calado? Como entender sua missão?

TRECHO DO LIVRO COLUNAS DE AREIA
(...)O jovem nazireu virou-se e começou a andar, indo embora. Sabia que não poderia ficar em Timna, tampouco andando pelas cidades filistéias. Sua cabeça estaria valendo muito depois dos últimos acontecimentos.
Cephos, ao ver o açougue no qual o fundo de sua casa havia se transformado, não sabia se ficava contente pela vingança de Sansão ou temeroso por causa do futuro contra ataque do general de Gaza. Uma coisa era certa: seus escravos teriam muito trabalho pela manhã para retirar tantos corpos, inteiros ou pela metade, que decoravam toda a extensão de suas terras. Mas no fundo de seu coração sabia que sua filha havia se vingado de Azvah e aquilo lhe trazia grande alegria. Reconhecia que na noite do casamento o general aproveitou-se de seu descontrole e o coagiu a entregar Yashmin ao seu subordinado, coisa que ele arrependia-se profundamente. Na verdade, até sua alma estava lavada.
As labaredas ainda estalavam a palha e a madeira da cocheira, fazendo as chamas dançarem altas ainda, promovendo um espetáculo vermelho-amarelado. As pessoas começavam a chegar, apesar do frio da madrugada, para ver toda aquela confusão. Sansão não se importou com nenhuma delas, apenas ia andando, enquanto a multidão abria caminho, admirada com aquela tétrica visão e daquele gigante danita passando, como uma coluna de bronze suja de sangue e fuligem. Ele estava muito cansado, afinal, a batalha havia durado quase uma hora, onde seus braços, pernas e mente não pararam nem por um minuto. Apesar de ter acabado com a guarnição filistéia, a vingança do nazireu ainda não estava completa. O preço de sua felicidade frustrada custaria muito caro, e aqueles corpos estendidos e amontoados pelo campo tinham sido apenas uma parte do pagamento aos filisteus...

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sexta-feira, 23 de julho de 2010

OITO ESTUDOS PRÁTICOS SOBRE AS BEM-AVENTURANÇAS - Mateus 5: 1 a 12

TERCEIRA E ÚLTIMA PARTE

6- OS LIMPOS DE CORAÇÃO
“Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus” (vs. 8)

Esta frase nos leva a uma profunda auto-análise. Ela exige que todo homem examine seu coração, seus motivos, seus mais profundos pensamentos e desejos para ver se eles são puros diante de Deus. A palavra “puro”, no grego, katharos, tem vários significados que vão nos ajudar a entender o que Jesus estava dizendo:

a)Era usada para o processo de lavar roupas sujas;
b)Era usada para o processo de debulhar o trigo, separando da palha;
c)Significava um exército depurado de todo soldado covarde, descontente e incapaz;
d)Era usada para o leite não diluído com a água;
e)Era usada para o metal que não tinha nenhuma impureza.

Através destes significados, podemos entender o que diz no Salmo 24: 3-4.

O verbo não significa apenas ser limpo ou lavado, mas também não ser hipócrita, ou agir de má-fé ou com dolo. Pelo contrário, fala de singeleza de intenção, propósito e motivo, conforme Jesus fala em Mt.6: 22-23. E quando o texto nos fala sobre o coração, obviamente não está falando do órgão musculoso que bombeia o sangue de nosso corpo, mas da mente, da consciência, da alma ( Mc.7:21-23, Jr.17:9, Pv.23:7).
E o que vem a ser o “ver” a Deus? É literal? É ilustrativo? Figura de linguagem? Linguagem de acomodação? ( Aqui deixo alguns textos para reflexão e discussão).

I Co.13:12, I Jo.3:1-2, Pv.7:15, Ez.39:29, Hb.9:24.

Literal ou não, a verdade é que estaremos diante da presença de Deus, de maneira mais explícita possível! E isso já será maravilhoso para todos nós.


7- OS PACIFICADORES
“Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus”(vs.9).

O pacificador por vezes se confunde com o manso, pois ambos tentam a todo custo não incitar o comportamento violento e rude das pessoas. Tentam, ambos, evitar as guerras, as brigas, as desavenças. (Pv.16:7). Os pacificadores são aqueles que, nos momentos difíceis, agem como Jesus agiria se estivesse diante do problema ou situação. Os pacificadores são aqueles que não tem vergonha de pedir perdão, mesmo que não sejam culpados, só para ver a paz reinar. Os pacificadores são aqueles que farão de tudo ( que não vá de encontro a Palavra) para promover a reconciliação, o perdão, a paz. São aqueles que pensam bastante antes de falar. Muitos problemas não existiriam se as pessoas soubessem como falar com o seu próximo. Jesus foi o maior de todos os pacificadores, pois através do amor pelo homem Ele, em vida, demonstrou entender com precisão a humanidade, e na cruz, pelo seu sacrifício e ressurreição, deu o poder a todo aquele que crê, ser chamado de filho de Deus. Se você se considera filho de Deus, então deve demonstrar esse amor pacificador que Cristo nos deixou de exemplo.


8- OS PERSEGUIDOS
“Bem-aventurados os perseguidos, por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus”(vs.10).
Essa oitava e última bem-aventurança é diferente, pois não retrata as qualidades de uma vida feliz, mas descreve a maneira como o mundo trata o filho do reino. Implicitamente, só o fato de que ele é perseguido já demonstra que, no mínimo ele pensa, age e se comporta de maneira diferente. Seus padrões são diferentes, seus valores são diferentes, seu modo de ver o mundo, a vida, o próximo, a família, a política, os filhos, o trabalho, tudo é diferente. O mundo não está preparado para existir com pessoas mansas, pacíficas, misericordiosas, limpas de coração. Não! O mundo existe para pessoas completamente antagônicas aos preceitos de Deus.
Precisamos entender também o que era a perseguição a que Jesus se refere no texto. Pelo menos em 3 áreas o cristão era passivo de perseguição:

a) Na família;
b) Na Socieldade;
c) Nos empregos.

Isso sem contar as torturas e mortes hediondas que tinham que agüentar pelo nome de Cristo. As injúrias e calúnias que sofriam também eram terríveis (eram chamados de canibais, promotores de orgias sexuais, acusados de serem incendiários, etc).

E hoje? Quais são as perseguições/ calúnias que o crente moderno enfrenta?

Jesus foi perseguido e morto pelos líderes religiosos porque eles não suportavam a perfeição da Sua presença, pureza e bondade. Não tinham coragem para encarar a repreensão que Jesus lançava sobre eles, de sua hipocrisia, maledicência, rancor, que os deixava muito distantes de Deus. O mundo torce para que caiamos, dando motivo para nos escarnecerem. Por isso sempre irão nos perseguir. Mas que, acima de tudo, possamos nos sentir realmente bem-aventurados por seguirmos o caminho do Senhor. Não somos perfeitos, mas devemos buscar essa perfeição “inalcançável”. Não somos puros o suficiente, mas não devemos desistir de buscar essa pureza (Sl.51:10). E acima de tudo, nos lembrar que o fundamental para sermos bem aventurados, é nos lembrar que a frase-chave de todas as BAs é “negue-se a si mesmo”. E a palavra-chave é “entregar”.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

OITO ESTUDOS PRÁTICOS SOBRE AS BEM-AVENTURANÇAS - Mateus 5: 1 a 12

SEGUNDA PARTE

3- Os mansos
“Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra”(vs.5)

Sempre caímos no erro de comparar uma pessoa mansa com alguém covarde, passivo, sem atitude, que fala baixo e nunca demonstra estar com raiva ou protestando por algum direito seu. Ser manso não é ser fraco, pois é preciso ser muito forte para contrariar a opinião pública, remar contra a maré dos modismos e costumes pecaminosos e dizer: Sou de Jesus! Também se olharmos a seqüências das BAs (Bem-aventuranças) veremos que as duas primeiras fazem parte do relacionamento Deus-homem. Mas aqui a benção vem para aqueles que desenvolvem um relacionamento homem-próximo. Como eu trato meu próximo? Como ele me vê? Como reajo diante dele? Em grego o termo é praotes (que significa ponto de equilíbrio entre dois extremos). Jesus está nos motivando a sermos moderados, equilibrados, termos bom-senso. O termo também é utilizado para o processo de domesticar um animal selvagem para que ele aprendesse a ser manso, submisso e obediente ao seu mestre, seu dono. Mansidão, assim como a humildade e o choro, são características da entrega total do homem a Deus. É entregar a Ele nossas causas, nossos direitos, nossos litígios e dificuldades. Podemos citar como exemplos Abraão com Ló, ou Davi com Saul e Jesus (Fl.2:5 a 11). E herdarão a terra, pois todos os coléricos, sanguíneos e brutos tendem a encontrar a morte pela guerra, brigas, etc.


4- Fome e sede de justiça
“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos”(vs.6).

Num primeiro momento temos que entender o contexto no qual Jesus diz essas palavras. As pessoas que moravam naquela região da Palestina, eram, na sua grande maioria, pobres, que passavam realmente fome e desidratavam pela sede. Também eram oprimidas pelo poder do conquistador, Roma! Naquele contexto, Jesus faz um paralelo, dizendo que um dia a justiça (no sentido de penalidade a um crime) viria ao povo oprimido (Sl 37:1 a 11), mas aquela justiça não era a mais importante, pois também estava falando em justiça no sentido de justificação diante de Deus ( Rm 5:1 a 5). Jesus está dizendo, com outras palavras, que são felizes, abençoadas, as pessoas que buscarem com fome e com sede a justificação das suas vidas diante de Deus, através do sacrifício de Jesus na cruz, com a mesma vontade, com a mesma gana com que queriam a justiça contra os romanos. Quando tenho fome e sede desta justificação significa dizer que quero me livrar da presença e do poder do pecado e, consequentemente, me aproximar cada vez mais de Deus, buscando santificação, fartura de Deus em minha vida. Estar farto significa estar saciado, mas também implica dizer que vamos continuar querendo mais de Deus a cada dia... (Sl.63:1 e 143:6).


5- Os Misericordiosos
“Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia” (vs.7)

Você é uma pessoa misericordiosa? Ser misericordioso não é ser permissivo ou sentir pena de alguém que está sofrendo. A palavra que Jesus usou foi “elcemon”, que significa: habilidade de estar na pele de outra pessoa, de ver, sentir e pensar como ela. É colocar-se voluntariamente no lugar do outro. Foi isso que Deus fez por nós, através de Jesus quando o “o verbo se fez carne e habitou entre nós”. Também vemos isso em Fl.2:6-7, nas parábolas do Bom Samaritano (Lc.10:30-37) e do credor incompassivo (Mt.18:23-35).
Quando somos misericordiosos com alguém, sentimos compaixão por sua condição miserável e temos um desejo de aliviar essa situação. A seqüência das BAs demonstra as etapas que nos levam aos pés de Cristo. Quando sou humilde de espírito reconheço minha total dependência de Deus em tudo na minha vida. Então choro por minha condição de pecaminosidade perante um Deus santo e isso me dá disposição para andar com mansidão diante de Deus e dos homens. Reconhecendo que o sangue de Jesus (o sacrifício) nos justifica diante de Deus, temos disposição para sermos misericordiosos, como Deus foi conosco. Se já fui perdoado, tenho disposição para perdoar. Se já experimentei as profundezas da misericórdia do Senhor, meu espírito vingativo desaparece (Rm.12:19) e passo a ser misericordioso. Sem entender o quanto Deus me perdoou nunca poderei perdoar, se não entender quão profunda é a misericórdia do Senhor, não poderei ser uma pessoa misericordiosa.

(Na próxima semana, terceira e última parte)

domingo, 4 de julho de 2010

OITO ESTUDOS PRÁTICOS SOBRE AS BEM-AVENTURANÇAS - Mateus 5: 1 a 12

PRIMEIRA PARTE

O Objetivo desse estudo é nos ajudar a entender cada bem-aventurança das palavras de Jesus e ver sua implicação pratica para nosso dia-a-dia, nos ensinando de que realmente o mundo há de passar, mas as palavras de Jesus não passarão.


1- Humildade (ou pobreza)>“Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus” (vs.3).

Precisamos entender o significado da palavra humilde ou pobre nas palavras de Cristo. Há duas palavras no grego para defini-las: A primeira é penês (que descreve o homem que precisa trabalhar duro para ganhar o pão de cada dia) e ptochos (que descreve a pobreza total), e é a palavra usada nesta frase do messias. Pobreza total consiste nos seguintes aspectos: pobre, sem poder/ influência/ prestígio, oprimido/ explorado, e finalmente, o homem sem recurso nenhum neste mundo. Por não ter recursos, tornou-se totalmente dependente de Deus.
Portanto, se lermos as “entrelinhas” da primeira bem-aventurança, Jesus está dizendo: Feliz o homem que reconhece sua total dependência e incapacidade de sair de sua situação miserável, depositando toda a confiança em Deus.


2- Os que choram
“Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados”(vs.4).


A verdadeira felicidade muitas vezes pode vir através do choro. Mas o que significa esse choro? Significa que, depois de reconhecermos nossa pobreza (da 1ª bem-aventurança), reconhecemos também nossa profunda pecaminosidade original (queda do homem). O verbo “chorar” usado por Jesus é o mais forte possível na língua grega. É usado para expressar o choro pelos mortos. É o mesmo usado quando Jacó ouviu que seu filho José fora morto. Quando o homem reconhece toda a santidade de Deus e em contrapartida o seu próprio coração desesperadamente corrupto, é constrangido a chorar. Quando o homem pergunta a si mesmo: por que sou orgulhoso, invejoso, ciumento? Por que não consigo vencer aquele pecado ou vício em minha vida? Ao fazer essas auto-perguntas ele reconhece sua natureza pervertida e chora, e então pode exclamar como Paulo em Rm.7:24. Isso o motiva a olhar para o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.


3- Os mansos
“Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra”(vs.5)


Sempre caímos no erro de comparar uma pessoa mansa com alguém covarde, passivo, sem atitude, que fale baixo e nunca demonstre estar com raiva ou protestando por algum direito seu. Ser manso não é ser fraco, pois é preciso ser muito forte para contrariar a opinião pública, remar contra a maré dos modismos e costumes pecaminosos e dizer: Sou de Jesus! Também se olharmos a seqüências das BAs (Bem-aventuranças) veremos que as duas primeiras fazem parte do relacionamento Deus-homem. Mas aqui benção vem para aqueles que desenvolvem um relacionamento homem-próximo. Como eu trato meu próximo? Como ele me vê? Como reajo diante dele? Em grego o termo é praotes ( que significa ponto de equilíbrio entre dois extremos). Jesus está nos motivando a sermos moderados, equilibrados, termos bom-senso. O termo também é utilizado para o processo de domesticar um animal selvagem para que ele aprendesse a ser manso, submisso e obediente ao seu mestre, seu dono. Mansidão, assim como a humildade e o choro, são características da entrega total do homem a Deus. É entregar a Ele nossas causas, nossos direitos, nossos litígios e dificuldades. Podemos citar como exemplos Abraão com Ló, ou Davi com Saul e Jesus (Fl.2:5 a 11). E herdarão a terra, pois todos os valentes tendem a encontrar a morte pela guerra, brigas, etc.


4- Fome e sede de justiça
“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos”(vs.6).


Num primeiro momento temos que entender o contexto no qual Jesus diz essas palavras. As pessoas que moravam naquela região da Palestina, eram, na sua grande maioria, pobres, que passavam realmente fome e desidratavam pela sede. Também eram oprimidas pelo poder do conquistador, Roma! Nesse contexto, Jesus faz um paralelo, dizendo que um dia a justiça (no sentido de penalidade a um crime) viria ao povo oprimido (Sl 37:1 a 11), mas aquela justiça não era a mais importante, pois também estava falando em justiça no sentido de justificação diante de Deus ( Rm 5:1 a 5). Jesus está dizendo, com outras palavras, que são felizes, abençoadas, as pessoas que buscarem com fome e com sede a justificação das suas vidas diante de Deus, através do sacrifício de Jesus na cruz, com a mesma vontade, com a mesma gana com que queriam a justiça contra os romanos. Quando tenho fome e sede desta justificação significa dizer que quero me livrar da presença e do poder do pecado e, consequentemente, me aproximar cada vez mais de Deus, buscando santificação, fartura de Deus em minha vida. Estar farto significa estar saciado, mas também implica dizer que vamos continuar querendo mais de Deus a cada dia...

(semana que vem, a segunda parte).