sábado, 24 de abril de 2010

“Para mim, o viver é Cristo e o morrer é lucro”

(Filipenses 1:21)

Responda rápido, qual a coisa mais importante em sua vida? Seu emprego? Sua esposa? Seus filhos? Seus pais? Sua saúde? Sua lucidez? Sei que para muitos a resposta está entre uma dessas opções citadas. Mas na verdade, se todos refletirem com mais seriedade, chegarão à conclusão que o mais importante em nossas vidas é a própria vida! A vida que existe em nossos pulmões, o ar que respiramos, estar vivo é o mais importante!
O apóstolo Paulo, antes conhecido como Saulo, passou por uma experiência impactante em sua vida, quando, ao se dirigir à cidade de Damasco em perseguição aos cristãos, foi derrubado de sua montaria e ouviu da boca do próprio Cristo a pergunta: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” Daquele momento em diante a vida de Saulo foi transformada e tudo no que ele cria foi revisto de sorte que aqueles que ele perseguia (os cristãos) tornaram-se seus irmãos e aqueles que o apoiavam (o Sinédrio) passaram a odiá-lo e a perseguí-lo.
Paulo, quando ainda Saulo, possuía uma posição privilegiada no meio dos fariseus da época, sendo benquisto no Sinédrio, onde possuía considerável destaque. Homem de grande saber da Lei mosáica, tendo sido doutrinado pelo mestre Gamaliel, possuidor de três nacionalidades, poliglota e exímio artesão de tendas.
Você, com certeza, conhece alguém como Saulo: Pessoa querida no meio do povo, com certo poder aquisitivo, instruído academicamente, que fala vários idiomas, com passaporte carimbado em vários países, possuidor de um bom emprego, bem casado, etc.
Paulo, através dos meses nos quais desenvolveu sua fé em Jesus Cristo, aprendeu a confiar plenamente no Senhor. Exercitou sua confiança em Deus ao ponto de expressar a frase acima: “Para mim, o viver é Cristo e o morrer é lucro”. Ele, no momento em que expeliu essas palavras, estava nos dando uma aula sobre o que é importante na vida de um filho de Deus. Nada mais importava para ele. Sua posição social, seus bens, seus amigos, seus pais, suas nacionalidades, nada mais importava na vida, pois Jesus tinha se tornado a razão do seu viver. Não somente isso, mas ele afirma que morrer seria o maior lucro que ele teria, pois tinha a certeza de ir para os céus e gozar a vida eterna, o descanso no Senhor! Quantos de nós hoje podemos dizer que é melhor morrer do que estar vivo? Quantos de nós tem a certeza de que o céu é melhor? A frase de Paulo, que para muitos parece loucura, deveria ser a certeza de todo cristão que tem sua esperança nas promessas do nosso Deus. Não devemos temer a morte, pois sabemos em quem temos crido e que Ele é poderoso para guardar nosso galardão até o dia final...

sábado, 17 de abril de 2010

"LÁZARO, VEM PRA FORA!!"


(jOÃO 11:1 A 46)

De uma coisa podemos ter certeza. Após Jesus dizer estas palavras muitos dos que ali estavam chegaram à conclusão de que ele deveria estar louco. Como assim, “vem pra fora”?? Ora, Lázaro, o amigo querido de Jesus estava morto já há alguns dias! As irmãs do féretro, Maria e Marta, estavam desesperadas e, talvez, até decepcionadas com o suposto atraso do Senhor em ir ter com elas, pois restava ainda a esperança que Jesus pudesse reverter o estado de debilidade física daquele jovem quando apenas doente. Se as duas mulheres levassem em conta que tudo colabora para o bem daqueles que amam a Deus, não teriam ficado tão atribuladas. Se de fato já tivessem entendido o poder que havia sido outorgado a Cristo, o temor não existiria em seus corações.
Primeiro temos que perceber que a demora de Jesus em ir ter com elas de certa forma foi proposital. A Palavra diz que, após saber que Lázaro estava enfermo, ele (Jesus) ainda demorou dois dias para seguir viagem à Betânia, cidade daquela família. Ele também disse que “aquela enfermidade não era para morte, mas para a glória de Deus”. Então ele possuía um plano e tudo estava correndo de maneira que ele pudesse operar o milagre que já estava em seu coração. Ao chegar ao destino tinham-se passado quatro dias! Esse período foi importante, pois havia entre os judeus uma crença de que os espíritos dos mortos ficam pairando sobre o corpo durante três dias, até que seja de fato desligado do mundo material. Jesus demorou-se para não deixar a menor dúvida de que ele “buscaria” o espírito de Lázaro de volta, mesmo passados os três dias.
Marta, ao saber que Jesus estava chegando, correu até ele e, de certa forma, lastimou o fato de que Jesus poderia salvar seu irmão se tivesse chegado alguns dias antes, enquanto existia vida nele. Logo depois Maria vai demonstrar a mesma reação que sua irmã, ao dizer que se Jesus estivesse lá seu irmão não teria morrido. E esta é a primeira lição que podemos aprender com este episódio: até onde vai sua fé? Que Deus é este seu, que só pode fazer determinada coisa? Que só pode ir até certo limite? Que não pode fazer mais do que sua reles mente é capaz de entender? Quando pensamos na grandiosidade do Criador e no seu infinito poder, mesmo assim tentamos limitar suas capacidades e habilidades! Isso é normal, afinal, nossa mente é limitada e nosso conhecimento de Deus é quase sempre pequeno, não por falta de experiências com Ele, mas porque somos humanos, falhos, limitados e pecadores. Como posso entender completamente um ser imortal se eu sou mortal? Ou como entender um Deus Criador se eu só posso manusear e transformar as coisas? Como imaginar um Deus onipresente se eu só consigo firmar meu olhar em um ponto fixo por vez? Somos pequenos demais....
Depois de ser levado até onde o corpo havia sido colocado, Ele pede para que a pedra da frente do sepulcro seja removida, pedido este contestado por Marta, pois o cheiro mau do defunto já era latente. Mas mesmo assim, a pedra foi tirada. Jesus então ora ao Pai, para que as pessoas possam entender que Ele e o Pai são uma só pessoa. Então decreta naquele momento que Lázaro levante e venha para fora! A segunda lição que tiramos desse episódio é que as pedras (obstáculos) que estão nas nossas vidas, muitas vezes, devem ser retiradas por nós mesmo, pois são coisas que humanamente podemos fazer. Jesus poderia, com um simples pensamento, fazer a pedra rolar para o lado, mas pediu para que os homens a retirassem. Mas na hora de agir sobrenaturalmente, Ele mesmo, e mais ninguém, pôde realizar o milagre que não estava sendo esperado. Fazendo-nos lembrar que no campo do sobrenatural somente Ele tem o poder de agir, somente Ele detém o controle sobre a vida e a morte!. Daquela boca de sepulcro pôde-se ver um corpo enrolado em faixas sair andando, recebendo os raios de sol, recebendo vida novamente! Era Lázaro, o amigo amado de Jesus!!
Que nós não deixemos de crer no poder total e ilimitado de nosso Deus! Afinal, para quem do nada, fez surgir a matéria e criou tudo que existe, não há realmente algo que seja impossível Dele fazer!

sábado, 10 de abril de 2010

“Onde estavas tu quando Eu lançava os fundamentos da Terra?”


(Jó 38:4)

Essa é uma das frases mais poderosas existentes na Palavra de Deus. O capítulo 38 de Jó começa com essa pergunta feita por Deus e é seguida de mais algumas dezenas de outras direcionadas ao pequeno Jó. Pequeno não, ínfimo, diante da grandiosidade do Senhor. São perguntas que deixariam qualquer um de nós à deriva num mar de dúvidas e desconhecimento dos propósitos de Deus para a vida, para a humanidade, para o planeta, para o universo e mais: para mim e para você.
Jó estava numa situação calamitosa, física, mental, financeira e socialmente falando. Estava coberto de feridas pelo corpo, que coçavam o dia inteiro, havia perdido seus filhos, mortos num acidente, havia perdido os seus bens e só lhe restava uma esposa incrédula, que o aconselhava a amaldiçoar Deus e depois morrer. Para quem tinha uma vida tão boa, confortável e tranqüila tornava-se um pouco difícil entender o porquê de tanta desgraça acontecendo quase que simultaneamente. Como, alguém que era temente a Deus, que cumpria todas as obrigações da Lei de Moisés, que orava pelos filhos, que tinha uma vida reta diante dos olhos do Criador, poderia estar sendo açoitado pelas agruras do destino? Onde estava Deus enquanto ele passava por tanto desespero e dor? Por que Ele se mantinha calado e inoperante diante de tanta agonia de Jó? Sem blasfemar contra o Senhor, mas cobrando respostas, Jó se viu num estado de passividade tremenda:
“Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o Senhor o deu, e o Senhor o tomou: bendito seja o nome do Senhor”.(Jó 1:21)Essa frase saía de sua boca numa tentativa de justificar aos seus próprios ouvidos que o bem e o mal procediam do Senhor. Restava-lhe apenas acatar dos desígnios divinos. Diante do silêncio dos céus, Jó se retraiu e agonizou até o mais profundo de sua alma.
Uma das primeiras lições que podemos tirar desse episódio é de que devemos ter ao nosso lado pessoas que compartilhem da mesma fé que temos, pois nos momentos de angústia um pode dar força e apoio ao outro. A mulher de Jó não temia ao mesmo Deus que ele. E, ao invés de encorajá-lo, aconselhava-o a blasfemar contra o Senhor. Que tipo de companheiro (a) estamos procurando para nós? Servos e servas de Deus ou qualquer um (a) de qualquer lugar? Essa escolha é de suma importância para nossas vidas.
Uma segunda lição que podemos tirar é que tipo de fé é a sua? É aquela que é forte quando tudo vai bem? Quando você está empregado, com um bom salário, com carro na garagem, filhos bonitos crescendo, esposa fiel? E se as provações no meio do caminho baterem na sua porta? Será que você seria tão fervoroso quando o desemprego viesse? Se tivesse que vender o carro para pagar as dívidas? Se seu filho nascesse excepcional? Se a esposa lhe deixasse? Se você descobrisse que está com câncer? Você seria capaz de dizer que o Senhor dá e que Ele tira? E que bendito seja o Seu nome? Jó conseguiu dizer, mesmo sem ter uma maior compreensão de Deus.
Então, após um período de silêncio, Deus resolve falar. Não apenas isso, Ele resolve questionar Jó sobre as mais impressionantes coisas que acontecem no universo, mostrando que a existência de Jó e seus problemas não eram nada comparados à complexidade do cosmos, mas que, mesmo assim, Deus se importava com ele. “Cinge teus lombos como homem, porque agora Eu vou te perguntar e tu vais me responder...” Deus começa desta forma, e coloca seu interrogado diante da primeira pergunta: “Onde estavas tu, quando Eu lançava os fundamentos da Terra?” Era como se Ele dissesse: “Antes de qualquer coisa existir, Eu já existia e a terra que tu pisas, o planeta que tu habitas, Eu mesmo moldei na minha mente e com uma fagulha da minha vontade tudo começou a existir, pois Eu dei vida a tudo que respira, cresce e se desenvolve. Podes imaginar o meu poder? Podes questionar a minha vontade? Quando eu comecei a formar a terra tu só existias na minha mente, pois Eu sabia que em determinado tempo Eu permitiria o teu nascimento.” Que Deus maravilhoso! Quando vemos ao nosso redor pessoas que defendem certas doutrinas evangélicas, que minimizam Deus e o colocam como servo e não como Senhor, então podemos imaginar como essas pessoas não tem idéia da grandiosidade do Pai. Querem que seus desejos e caprichos sejam realizados a qualquer custo e ainda reforçam determinados pedidos com a Palavra quando alegam: “... a Tua Palavra diz...”, ou, então, “decretam” alguma coisa. Somente a graça de Deus já seria necessária para nossas vidas, mas as misericórdias Dele em nossas vidas servem de bênçãos e estas podem ser tanto espirituais quanto materiais, mas isso é uma decisão Dele. Temos certeza que Ele se alegra em muito com seus filhos que reconhecem quem é Deus, e que se colocam nos seus devidos lugares de servos e mordomos do Senhor.E você? É servo ou uer ser senhor?

sábado, 3 de abril de 2010

"ESTÁ CONSUMADO"


(João 19:30)

A imagem é a que todos nós conhecemos, quer tenhamos tirado de nossa imaginação ao ler os relatos bíblicos, quer tenhamos visto em algum filme sobre Jesus. O lugar é aquele conhecido como “Gólgota”, ou “Caveira”, com a sua devida tradução. Um elevado, nas cercanias de Jerusalém, onde Cristo, ladeado por dois malfeitores, foi crucificado, após sofrer excruciante laceração física e psicológica que durou toda a noite do dia anterior e estendeu-se pela madrugada. Ali, pregado numa cruz, símbolo da vergonha e humilhação para os ditos “criminosos” que não fossem romanos (Roma não crucificava seus cidadãos), pendia o corpo de Jesus, ainda com vida, mas por pouco tempo. Ele já havia surpreendido a todos, pedindo ao Pai que perdoasse aqueles homens que o estavam crucificando porque eles não sabiam o que estavam fazendo. Ele já havia externado sua profunda sede, ao que foi atendido com uma esponja ensopada no vinagre. Também já havia prometido o paraíso a um dos homens que estavam crucificados ao seu lado, pois houve o reconhecimento daquele de que Jesus era o Messias.
Mas antes daquele momento de dor e sofrimento, Ele já havia feito muitas outras coisas. Transformara água em vinho, fizera aleijados andar, cegos enxergar, possuídos serem libertos, perdoara os pecados de alguns, ressuscitou outros, curou vários enfermos, pregou insistentemente o Caminho da salvação para milhares e mostrou a todos que Ele era o Messias esperado ao chamar para si a responsabilidade e a autoridade de ser o elo entre os homens e o Pai ao dizer:

“Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim”. (João 14:6)

Ele já havia feito tudo o que lhe cabia fazer. Olhando novamente para a cena da cruz, muitos que estavam ali acharam que aquele era um momento de derrota, onde seu “Rabi” (Mestre) estava sendo entregue à morte vergonhosa na cruz. Mas o que todos eles não sabiam era que ao dizer “está consumado”, Jesus resumia naquele instante tudo o que havia feito desde o momento em que colocou seus pés sobre a terra. Sua missão havia chegado ao fim! Ele havia vindo para proporcionar ao homem vida, e vida em abundância.

“O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância” (João 10:10)

Veio para dar ao homem a possibilidade de reatar seus laços com o Criador e proporcionar a opção da Vida Eterna ao lado do Pai. Sim, a opção, pois Ele não força ninguém a aceitá-lo como salvador, mas reserva coisas maravilhosas para aqueles que o fazem.
“Sim, está consumado, pois eu já mostrei a todos o que deve ser feito e como deve ser feito. Escancarei as portas do céu e mostrei como podem alcançar a redenção! Vim para corrigir os erros do primeiro Adão! O pecado entrou no mundo através dele, mas através de mim o pecado e a morte espiritual podem ser vencidos! Já fiz o que tinha de ser feito!” Fico imaginando Jesus pensando dessa forma.
Ao dizer essa curta frase, Ele não apenas estava dizendo que toda sua missão estava cumprida, mas também deixava outro recado: a morte seria vencida! E em três dias Ele se levantaria, ressurreto dentre os mortos, provando, mais uma vez, que as chaves da morte e do inferno estavam em suas mãos e que todo o poder, na terra e no céu, pertencia a Ele. “Está consumado” não é uma frase de derrota, mas de vitória suprema de nosso Senhor Jesus Cristo! Os planos de Satanás estavam sendo colocados por terra, afinal, o Filho de Deus estava definhando em uma cruz! Mal ele sabia que tudo aquilo estava nos planos do Pai, pois “a semente, para dar frutos, precisava morrer”.
“Se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto.” (João 12:24)

E através do sacrifício na cruz, tal qual um cordeiro perfeito, sem defeitos, Jesus nos purificou de todo o pecado e nos livrou da morte que estava destinada a toda a humanidade. A frase dita na cruz era a mesma que, no passado, se escrevia nos documentos de dívidas, quando estas eram quitadas pelos devedores ou quando alguém assumia a dívida do próximo. Era uma espécie de SPC (Serviço de Proteção ao Crédito), quando nosso pecado foi colocado sobre os ombros de Cristo nossa dívida foi paga. Nossos nomes ficaram limpos! Nossas almas haviam sido compradas por Jesus. Portanto, agora, temos livre acesso ao Pai. Pense nisso...